
MAGIA DO LUAR
Planejar saneamento é responsabilidade de todosCecy Oliveira.
A Lei 11445, que estabeleceu a política de saneamento no país, acaba de completar dois anos de vigência.
No entanto os seus efeitos apenas lentamente começam a se produzir entre eles o que se refere ao planejamento das ações de saneamento.
Sabiamente os legisladores introduziram dispositivos que obrigam à adoção dos Planos Municipais de Saneamento, ferramenta essencial para induzir prefeitos, vereadores, prestadores de serviços de saneamento, a União e os Estados e, principalmente, a população a assumirem um compromisso pela universalização dos serviços, especialmente abastecimento de água e coleta e tratamento de esgotos.
Por isto a confecção dos Planos Municipais de Saneamento não se configura como uma tarefa para ser deixada nas mãos dos especialistas.
Ela deve ser, antes de tudo, um acordo político que garanta o seu cumprimento pelos agentes públicos seja em que mandato estejam, a que partidos pertençam ou que corrente ideológica abracem.
Por isto os novos prefeitos e vereadores têm pela frente o novo desafio de tratar de um tema que por muitos anos tem passado ao largo de suas preocupações.
As grandes cidades já passaram de seus limites e não podem continuar ignorando por mais tempos os efeitos devastadores da ausência de coleta e tratamento de esgoto.
As cidades médias também estão esgotando seus mananciais por jogar neles o esgoto bruto. E nas pequenas a necessidade de infra-estrutura de água e esgoto é inadiável.Desta vez a Lei contemplou também a responsabilidade solidária do Estado e da União.
Como se pode falar que o Brasil é um país desenvolvido quando metade de sua população continua sem contar com um serviço essencial como é o saneamento?É possível imaginar que o Rio Grande do Sul tem menos de 30% de sua população atendida com redes e estações de tratamento de esgoto sanitário?
É preciso que todos percebam que esse déficit só será vencido com a ação conjunta e solidária de todos!Os Planos Municipais de Saneamento são o caminho mais curto para vencer este déficit.
É nas cidades que todos tem que se envolver com esse assunto.
É hora de conhecer mais e melhor a Lei do Saneamento e desempenhar em conjunto essa árdua tarefa.Cecy Oliveira é jornalista. Editora da Aguaonline.
A lei 11.445 e os princípios dispositivos que tratam do planejamento
Art. 2o Os serviços públicos de saneamento básico serão prestados com base nos seguintes princípios fundamentais:I, II, III, IV, V, VI. VII, VIII, IX,X - controle social;Art. 3o Para os efeitos desta Lei, considera-se:I – II -III -IV - controle social: conjunto de mecanismos e procedimentos que garantem à sociedade informações, representações técnicas e participações nos processos de formulação de políticas, de planejamento e de avaliação relacionados aos serviços públicos de saneamento básico;
A lei 11.445 e os princípios dispositivos que tratam do planejamento
Art. 2o Os serviços públicos de saneamento básico serão prestados com base nos seguintes princípios fundamentais:I, II, III, IV, V, VI. VII, VIII, IX,X - controle social;Art. 3o Para os efeitos desta Lei, considera-se:I – II -III -IV - controle social: conjunto de mecanismos e procedimentos que garantem à sociedade informações, representações técnicas e participações nos processos de formulação de políticas, de planejamento e de avaliação relacionados aos serviços públicos de saneamento básico;
Art. 9o O titular dos serviços formulará a respectiva política pública de saneamento básico, devendo, para tanto:I - elaborar os planos de saneamento básico, nos termos desta Lei;
II, III, IV;V - estabelecer mecanismos de controle social, nos termos do inciso IV do caput do art. 3o desta Lei;Art. 11. São condições de validade dos contratos que tenham por objeto a prestação de serviços públicos de saneamento básico:
I - a existência de plano de saneamento básico; II - a existência de estudo comprovando a viabilidade técnica e econômico-financeira da prestação universal e integral dos serviços, nos termos do respectivo plano de saneamento básico;III -
a existência de normas de regulação que prevejam os meios para o cumprimento das diretrizes desta Lei, incluindo a designação da entidade de regulação e de fiscalização;IV - a realização prévia de audiência e de consulta públicas sobre o edital de licitação, no caso de concessão, e sobre a minuta do contrato.§ 1o Os planos de investimentos e os projetos relativos ao contrato deverão ser compatíveis com o respectivo plano de saneamento básico.Art. 13.
Os entes da Federação, isoladamente ou reunidos em consórcios públicos, poderão instituir fundos, aos quais poderão ser destinadas, entre outros recursos, parcelas das receitas dos serviços, com a finalidade de custear, na conformidade do disposto nos respectivos planos de saneamento básico, a universalização dos serviços públicos de saneamento básico.
Art. 19. A prestação de serviços públicos de saneamento básico observará plano, que poderá ser específico para cada serviço, o qual abrangerá, no mínimo:I - diagnóstico da situação e de seus impactos nas condições de vida, utilizando sistema de indicadores sanitários, epidemiológicos, ambientais e socioeconômicos e apontando as causas das deficiências detectadas;II - objetivos e metas de curto, médio e longo prazos para a universalização, admitidas soluções graduais e progressivas, observando a compatibilidade com os demais planos setoriais;III - programas, projetos e ações necessárias para atingir os objetivos e as metas, de modo compatível com os respectivos planos plurianuais e com outros planos governamentais correlatos, identificando possíveis fontes de financiamento;IV - ações para emergências e contingências;V - mecanismos e procedimentos para a avaliação sistemática da eficiência e eficácia das ações programadas.§ 1o Os planos de saneamento básico serão editados pelos titulares, podendo ser elaborados com base em estudos fornecidos pelos prestadores de cada serviço.
§ 2o A consolidação e compatibilização dos planos específicos de cada serviço serão efetuadas pelos respectivos titulares.
§ 3o Os planos de saneamento básico deverão ser compatíveis com os planos das bacias hidrográficas em que estiverem inseridos.
§ 4o Os planos de saneamento básico serão revistos periodicamente, em prazo não superior a 4 (quatro) anos, anteriormente à elaboração do Plano Plurianual.§ 5o Será assegurada ampla divulgação das propostas dos planos de saneamento básico e dos estudos que as fundamentem, inclusive com a realização de audiências ou consultas públicas.§ 6o A delegação de serviço de saneamento básico não dispensa o cumprimento pelo prestador do respectivo plano de saneamento básico em vigor à época da delegação.
§ 7o Quando envolverem serviços regionalizados, os planos de saneamento básico devem ser editados em conformidade com o estabelecido no art. 14 desta Lei.§ 8o Exceto quando regional, o plano de saneamento básico deverá englobar integralmente o território do ente da Federação que o elaborou.
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